Esse blog tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre o assunto Exercício Físico e Cérebro, a partir de informações publicadas em revistas científicas

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Colocando o cérebro em forma!!!





















É isso mesmo... Um artigo recente publicado na Journal of science and medicine in sport (por um grupo de pesquisadores da UNICAMP) comparou o volume de matéria cinzenta no cérebro de indivíduos atletas de judô e controles. O objetivo era investigar as transformações na densidade cerebral em áreas corticais associadas com habilidades motoras ocorridas com a prática de judô. O resultado foi mais que o esperado: os atletas apresentaram maior volume em regiões do lobo frontal relacionada com o planejamento e execução de ações, memória de trabalho e funcões cognitivas, e áreas parietais e occipitais associadas com raciocínio lógico e processos visuais. Além disso, maior densidade em áreas paralímbicas observadas no atletas, estão associads com memória e aprendizado. A grande questão dos pesquisadores, na interpretação desses resultados, foi concluir se essas alterações podem refletir as demandas impostas pelas tarefas motoras em regiões específicas do córtex relacionadas com a especificidade do exercício ou se essas diferenças podem ser consequências de alterações no metabolismo cerebral, no fluxo sanguíneo cortical e liberações de fatores tróficos do cérebro.

Problemas metodológicos à parte... Um artigo de 2006 observou as alterações no volume cortical após 6 meses de treinamento com exercícios aeróbios, exercícios de força ou alongamentos em idosos. Somente o grupo que realizou exercício aeróbio apresentou aumento significativo no volume do córtex cingulado anterior, área motora suplementar, giro frontal inferior, giro temporal e no centro branco medular do cérebro. O interessante foi que nesse estudo também foi incluído um grupo de jovens que também realizaram as mesmans intervenções com exercícios aeróbios. No entanto, para esse grupo não foram observas alterações significativas no volume de nenhum área cerebral.



Questões para pensar:

O esporte com um componente cognitivo (como o judô, por exemplo) pode propiciar mais beneficíos para áreas específicas do córtex associadas às funções cognitivas comparado a exercícios aeróbios?


O exercício aeróbio, promovendo alterações mais globais no cérebro associados a neurogênese e a plasticidade cortical, pode ser mais benéfico para os idosos?






Futuras pesquisas poderão responder essas questões analisando diferentes grupos com diversos tipos de exercícios através de análises longitudinais.

Por enquanto, se quiser um conselho:
Não brigue com o seu filho se ele matar aula para ir surfar ou jogar bola... Pode fazer bem para o cérebro dele...





Um comentário:

Lírica disse...

Parabéns, minha linda!
Beijos, Mamys.