Esse blog tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre o assunto Exercício Físico e Cérebro, a partir de informações publicadas em revistas científicas

sábado, 19 de junho de 2010

Próximos congressos

           Em agosto serão realizados dois congressos super interessantes Rio Neuro 2010 e FesBE. O Rio Neuro é o XXIV congresso brasileiro de Neurologia com uma programação bem vasta no campo das doenças neurológicas. Já a FeSBE é a reunião anual da federação de sociedades de biologia experimental, mais voltada para fisiologia.
              
            Nosso grupo estará participando dos dois, apresentando trabalhos e fazendo contatos.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

6 Congresso Brasileiro de cérebro comportamento e emoções

                 Na próxima quarta-feira eu e meu grupo do Laboratório de Neurociência do Exercício (LANEX) estaremos viajando para o 6 Congresso Brasileiro de cérebro comportamento e emoções, em Gramado/RS. Eu vou apresentar o trabalho "O efeito do exercício físico na dinâmica cerebral em jovens e idosos saudáveis: utilização da tomografia eletromagnética". E nossa aluna de pós doc é uma das convidadas nacionais que irá falar sobre exercício físico e envelhecimento.

sábado, 5 de junho de 2010

Como responder aos revisores de um periódico

              


               Li um post super interessante no posgraduando.com  de como avaliar trabalhos científicos (sobretudo o seu). Realmente é um guia legal para quem está escrevendo um artigo. O meu caso é um pouquinho mias complicado. Escrever artigos é sempre um dilema pra todos os mestrandos ou doutorandos. No instituto que estudo, precisamos publicar para entrar no mestrado/doutorado, para ganhar a bolsa CAPES ou CNPq, para ganhar pontos com o orientador, pra ser reconhecido, enfim pra tudo e mais um pouco. Vou compartilhar com vocês o meu "sofrimento" presente: depois de um artigo escrito em inglês (ainda sofro com isso), revisado por uma professora de inglês, pelo meu orientador, lido e relido 1.616 e enviado, vem a resposta: pode ser aceito se fizer as modificações. Ok, isso aconteceu com meus outros dois artigos publicados no mestrado (sonho em um dia não receber essa resposta, ou seja, aceito logo de cara!!!).  A resposta foi recebida no meio do carnaval ( a revista não é brasileira, rs!) e com mil coisas pra revisar, refazer, trocar,...
                    Algumas noites mal dormidas e reuniões e reuniões com outros professores para aprender uma nova técnica e, finalmente, reescrever (agradar) aos revisores, submeti. Eis que a resposta é: MAIS REVISÕES E QUESTÕES A SEREM RESPONDIDAS. Bom, aqui estou eu trabalhando nessas respostas pra enviar até o final de junho.
               Após essa maratona aprendi algumas coisas e queria compartilhar com vocês:

1 - Não submeta um trabalho antes de revisar mil vezes.
2 - Não mande no final do dia (quando tico e teco não está mais funcionando)
3 - Deixe algumas (muitas) horas do dia para revisar as referências.
4 - Escreva o resultado e exponha da forma mais clara possível
5 - Não ache que o revisor vai concordar com suas idéias tão fácil assim.
6 - Finja que está mandando pra Nature e é o artigo da sua vida. Assim, vc se dedica mais.
7 - Escolha bem a revista
8 - Faça tudo isso (se possível) sem pressa), já que poderá esperar (no mínimo) 3 meses pra receber um não e ter que reescrever e submeter para outra revista!


Boa sorte =)

terça-feira, 1 de junho de 2010

A evolução da espécie e o sedentarismo: questão filosófica!?


Segundo Darwin e sua teoria da evolução, características favoráveis de sobrevivência ao meio que são genéticas tornam-se mais comuns em gerações sucessivas de uma população que se reproduz, enquanto características desfavoráveis tornam-se menos comuns. Pois bem, hoje o homem encontra-se extremamente adaptado ao meio, suas características físicas, ou seja, seu fenótipo é extremamente evoluído para acompanhar e dar subsídios às suas necessidades básicas e, portanto, sua sobrevivência. Segundo o pesquisador britânico Steve Jones a evolução acabou, ou seja, graças ao nosso estilo de vida, conseguimos sobreviver e nos reproduzir sem depender das diferenças herdadas para enfrentar o frio, a fome e as doenças. Assim, nos dias de hoje o mundo se adapta ao homem e não o homem se adapta ao mundo.
Especificamente falando sobre atividade física, o homem caçava, plantava e colhia para adquirir seu alimento. Para fugir do perigo, o homem usava tanto seu raciocínio (o que o diferia dos demais animais) e seu corpo adaptado para correr/fugir. Além disso, sua sobrevivência foi intimamente associada com sua capacidade de comunicação e pelo desejo de entender e influenciar o ambiente.
O que temos hoje? Um homem que não se esforça para o seu alimento (só vai ao super mercado ou pela internet e compra sua comida) e para o preparo dela (aperta um botãozinho on/off do microondas). Devidamente alimentado, o homem não foge do perigo (visto que não existem mais predadores no nosso convívio). O maior perigo que hoje enfrentamos é a violência URBANA, portanto, para fugir dela: NÃO SAIA DE CASA. Além disso, sua capacidade de comunicação está profundamente aumentada com o avanço da tecnologia (vide e-mails, celulares, blogs, twitter). Para sobrevivermos, portanto, nos dias de hoje, o que seria necessário? Trabalhar, estudar, atualizar-se.. Contudo, o resultado de todo esse avanço tecnológico somado ao tempo que gastamos no computador, realizando pesquisa e teses, levam o homem moderno ao sedentarismo. Ou seja, a sobrevivência (HOJE) pode estar correlacionada de forma direta ao sedentarismo. No entanto, paradoxalmente, ao tornar-se sedentário o homem torna-se exposto a doenças que podem o levar a morte.
 Por outro lado, se levarmos em conta a expectativa de vida crescente, podemos concluir que o homem continua no ciclo da evolução, adaptando-se para a sobrevivência. Ainda existem adaptações genotípicas, as quais favorecem um melhor funcionamento dos nossos sistemas (cardiovasculares, músculo-esqueléticos, digestivos, respiratórios,..) . Sobretudo, por influência do meio (estilo de vida) essas alterações podem ser via epigenética, tornando o indivíduo cada vez mais adaptado para a sobrevivência, seja por manter-se fisicamente ou mentalmente saudável.
Assim, se o homem adaptou o meio para o seu maior conforto, para viver e sobreviver, usando da inteligência ao seu favor. É necessário que ele desconstrua esse paradigma, e, portanto, usando de sua sabedoria, continue adaptando-se ao meio. O corpo precisa de movimento! Sua saúde mental e física agradecem.
 *** A filosofia sobre essa questão não acaba por aqui, vou continuar filosofando =)


Vaynman, S., & Gomez-Pinilla, F. (2006). Revenge of the “Sit”: How lifestyle impacts neuronal and cognitive health through molecular systems that interface energy metabolism with neuronal plasticity Journal of Neuroscience Research, 84 (4), 699-715 DOI: 10.1002/jnr.20979