quarta-feira, 31 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
Atividade X Sedentarismo: interação do sistema dopaminérgico
Os benefícios do exercício físico TODO MUNDO sabe: emagrecimento, qualidade de vida, bem-estar, prevenção de doenças, condicionamento... Mas aí, vem preguiça, desculpas, e acabamos deixando para o outro dia. Isso é comum, por vários motivos, existem dias que o corpo está anti-esforço. No entanto, existem pessoas completamente inativas, que não sentem vontade e ânimo para praticar qualquer atividade física. Só praticam levantamento de garfo, copo, e flexão e extensão dos dedos para mexer no controle remoto. Mas, existe uma explicação científica pra isso?
Uma artigo recente***, publicado no International Journal of biological sciences, diz que sim!!!! Segundo os autores esse comportamento é explicado por uma interação gene + ambiente. Para eles, componentes genéticos/ biológicos que regulam a prática de atividade físicas são explicados por mecanismos periféricos (tipo de fibra, número de mitocôndrias, componentes do metabolismo celular, consumo de oxigênio, etc) e mecanismos centrais ( sinalização celular, neurotransmissores, comportamento motivacional, etc). Estudos com ratos mostraram que não só os componentes periféricos podem diferir os ratos de raças mais ativas das sedentárias, como também, fatores centrais. Aqueles de raça mais ativa tem maiores níveis de fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). Nesses ratos são encontradas diferentes respostas de exercício físico após a administração de agonistas e antagonistas de dopamina.
A dopamina está associada com recompensa, motivação, controle do movimento motor, aprendizado e emoção. Características que levam o sistema dopaminérgico a um forte candidato para o controle da atividade física voluntária. Entretanto, os estudos com humanos, investigam a dopamina como uma conseqüência da atividade física, ou seja, sua liberação após o exercício físico. A hipótese desses pesquisadores, baseia-se no sistema dopaminérgico como uma variável independente e não dependente do exercício. Os neurônios dopaminérgicos do cérebro originam-se em duas áreas distintas: substância nigra com projeção para o estriado, via tracto nigroestriatal e área tegmental ventral com projeções para o córtex e núcleo acumbente, via tracto mesolímbico. O primeiro está associado com a locomoção e o segundo com a motivação. Para os autores esse sistema mesolímbico pode ser o componente genético que irá determinar as características motivacionais dos indivíduos ativos e sedentários. Como ilustrado no esquema abaixo:
***Knab and Lightfoot (2010) "Does the difference between physically active and couch potato lie in dopamine system? International journal of biological science 6(2): 133-150.
terça-feira, 23 de março de 2010
Vida de estudante ou desabafo...
.......Nossa! Quanto tempo que eu não escrevo NADA!!! Bom, não escrevo aqui pq é tanto projeto, artigo, tese, prova...Que o blog fica pra depois! Resolvi, então, escrever sobre a vida de doutoranda. Não é fácil. Muitas vezes dá vontade de desisitir pois não é como uma simples pós. É muita ralação, muita coisa pra estudar, pra aprender.. É a política da faculdade, o artigo que não é aceito, os comentários dos revisores.. O problema é que não é só isso, EXISTE VIDA FORA DO DOUTORADO!!! Trabalhar, namorar, passear, ver a família, cuidar da casa, do marido! Aff!!!! Mas, no final, tudo compensa. Quando vc recebe uma boa nota da prova, quando é aprovada com louvor, quando recebe um elogio do orientador ou dos alunos de iniciação científica. É quando vc olha pra trás e vê o quanto vc aprendeu e o quanto cresceu!
Esse post é destinado à todos os alunos que trabalham com pesquisa, seja alunos de mestrado ou iniciação científica.
Afinal, como Einsten dizia, só há um lugar onde o sucesso vem antes do trabalho: no dicionário!!!
Abraços
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